Nykollas Gabryel Oroczko Nunes

 O ORIENTALISMO EM TENT LIFE IN SIBERIA, DE GEORGE KENNAN


Introdução

O livro Tent Life in Siberia, do estadunidense George Kennan (1845-1922), é um relato de viagem lançado originalmente em 1870. Nele, o autor faz uso de uma série de tradições intelectuais para representar o ambiente e o povo do nordeste siberiano para seu público leitor, assim como para construir sua narrativa. Este trabalho busca apresentar uma análise do orientalismo como um dos pilares da escrita de Kennan.

O conceito de orientalismo utilizado se baseará na formulação clássica de Edward Said. Compreende-se tanto a obra de Kennan como o conjunto de outras textualidades das quais ele faz uso como parte do orientalismo no “sentido mais ou menos imaginativo” descrito por Said [2012, p. 26] para se referir ao conjunto de representações orientalistas não-acadêmicas. Por outro lado, ao longo da narrativa o autor descreve situações e atua em papéis que conformam o orientalismo em seu caráter mais institucional, como estrutura de dominação, no significado “histórico e material” [SAID, 2012, p. 26] do termo. Para prosseguir com a análise, entretanto, é necessário primeiro contextualizar o livro de Kennan e seu objeto.

O relato de Kennan foi escrito nos anos que se seguiram à expedição da qual o autor participou, objeto da narrativa. Esta expedição, chamada de Russo-American Telegraph (Telégrafo Russo-Americano) ocorreu entre 1865 e 1867. Seu objetivo era conectar as linhas telegráficas dos Estados Unidos, partindo da costa oeste, até as linhas siberianas que estavam sendo estendidas até o outro lado do Oceano Pacífico pelo Império Russo. Feito isto, estaria estabelecida uma conexão entre os EUA e a Europa ocidental por via majoritariamente terrestre, o que parecia uma boa ideia, tendo em vista as falhas recentes do Cabo Atlântico, que ainda não havia conseguido conectar permanentemente a costa leste estadunidense ao Reino Unido.

Kennan participou da primeira fase da expedição, sendo um dos responsáveis pela prospecção da porção siberiana do terreno previsto para a linha. Uma vez lá, ele fez parte de uma equipe que avaliou qual seria a rota mais viável e eventualmente começou a contratar mão-de-obra nativa para cortar madeira para os postes e preparar as estradas, cabines e toda infraestrutura que fosse necessária. Com esta finalidade, ele percorreu diversos cenários do nordeste siberiano, e conviveu com várias populações nativas ou colonizadoras do local, como os “kamtchadais” (nos termos de Kennan, hoje esta população é mais conhecida como itelmen), os coriacos, os tchuktchis e os tungues no primeiro grupo, e os russos no segundo. A empreitada do Telégrafo Russo-Americano, contudo, teve um fim prematuro em 1867, quando chegaram à Sibéria as notícias de que seu adversário, o Cabo Atlântico, havia finalmente obtido sucesso no ano anterior, tornando a rota siberiana obsoleta. Sem o retorno esperado pelo seu investimento, Kennan regressou aos Estados Unidos, onde conseguiu usar a experiência para ministrar diversas palestras [TRAVIS, 1990], escrever artigos para revistas, e eventualmente seu livro, Tent Life in Siberia.

 

O orientalismo em Tent Life in Siberia

Nesta narrativa de viagem siberiana, há diferentes maneiras em que surge o orientalismo. No âmbito “imaginativo”, é possível analisar como a narrativa de Kennan faz uso de um imaginário que circulava no século XIX para tentar explicar, ou exemplificar, o que está sendo narrado. Neste caso, o orientalismo aparece como um conjunto de referências que o autor usa em seu texto, indicando a percepção de que são compartilhadas com seu público, e consideradas úteis para o seu entendimento do outro e da narrativa.

Outros conjuntos de representações também são similarmente mobilizados ao longo da narrativa. Foi possível identificar, por exemplo, as matrizes romântica e greco-romana como importantes fontes de referência intertextual na escrita de Kennan [OROCZKO NUNES, 2020]. Avaliar como orientalismos surgem no texto possibilita considerar a posição ocupada por este discurso em meio aos outros presentes no texto de Tent Life in Siberia.

Enquanto reclamava da monotonia da vida entre os coriacos nômades, causada em grande parte pelo isolamento, Kennan descreve como acreditava ser a vida do típico membro deste grupo: "Um ocasional nascimento ou casamento, o sacrifício de um cão, ou, em rara ocasião, de um homem ao Arimã Coriaco, e as visitas infrequentes de um mercador russo, são os mais proeminentes eventos em sua história, do berço ao túmulo." [KENNAN, 1870, p. 205, tradução minha] O autor permanece ao longo de todo o seu livro se referindo aos objetos das crenças dos grupos não-russificados como "espíritos malignos”, mas no trecho referido utiliza esta referência ao zoroastrismo para caracterizar esta entidade a quem eram dirigidos sacrifícios, percebida como diabólica. Em outro momento, o autor traduz uma expressão nativa como “o Diabo” [KENNAN, 1870, p. 385, tradução minha], então a opção pelo uso de “Arimã” é uma escolha deliberada: para Kennan, a noção de diabo existia entre as populações, a entidade adversária do zoroastrismo é apenas a aproximação da qual ele se utiliza para inserir as religiões nativas em um imaginário particular, sem em momento algum confundí-las com a religião indo-iraniana.

Na análise de Kennan, tanto grupos por ele caracterizados como originalmente chineses como outros de origem turca haviam desenvolvido exatamente as mesmas crenças religiosas, o “xamanismo”. Tal convergência se explicaria pela natureza siberiana, capaz de exercer tamanha pressão sobre um grupo que invariavelmente ele se converteria a tal credo. Para ilustrar seu argumento, o autor traz a hipótese de que “[s]e um bando de ignorantes, bárbaros maometanos fossem transportados para o nordeste siberiano” [KENNAN, 1870, p. 211, tradução minha] e expostos à natureza da região, eles quase certamente deixariam sua religião para trás e também se tornariam xamanistas. Nesta circunstância, o islã é trazido para ilustrar a força desta natureza para moldar a cultura: compreende-se que o argumento é de que a fé de “bárbaros ignorantes”, que não havia se alterado pelos séculos de contato com a civilização Ocidental, desaparecia frente à realidade ambiental siberiana.

Fora do contexto religioso, outras questões pontuais também são trazidas por Kennan ao longo de todo o seu texto. Montanhas “rivalizam em beleza pitoresca, e em singularidade de forma, o mais selvagem sonho de um arquiteto do Leste” [KENNAN, 1870, p. 79, tradução minha]. O chefe de um vilarejo se curvava repetidamente “com a persistência impressionante de um mandarim chinês” [KENNAN, 1870, p. 93, tradução minha]. O autor sugere que o leitor imagine os vilarejos como assentamentos de fronteira estadunidenses organizados ao redor de “uma mesquita turca de cores alegres” [KENNAN, 1870, p. 63, tradução minha], referindo-se a igrejas do cristianismo ortodoxo.

A disponibilidade de versões traduzidas de obras como As Mil e Uma Noites entre o público leitor falante de língua inglesa significava que estas também podiam ser mobilizadas como parte do imaginário sobre o oriente, transportado para a Sibéria. O autor inclusive mescla diferentes referências, trazendo simultaneamente As Mil e Uma Noites e a Odisseia (ou um poema de Tennyson). Uma tarde anormalmente agradável, quente e que induzia sonolência foi descrita por Kennan como tendo-o levado a se perguntar se ele não teria sido transportado “para o clima dos Comedores de Lótus por um artifício mágico das mil e uma noites” [KENNAN, 1870, p. 72, tradução minha].

Ainda no aspecto das representações, o orientalismo também surge no texto de Kennan quando ele mesmo reproduz discursos orientalistas. Isto se aplica ao espaço siberiano e às populações que o habitavam, mas também ao falar de si mesmo, da civilização ocidental e do estadunidense como categorias contrastantes com aqueles sujeitos e locais descritos. O orientalismo emerge aqui como retórica da alteridade. A aplicabilidade do conceito de orientalismo especificamente como retórica da alteridade no contexto siberiano talvez mereça breve comentário.

Edward Said desenvolveu seu conceito de orientalismo sobre a região do Oriente Médio. Contudo, aquilo que se encaixa na definição de oriente de Said não é geograficamente atado ao local da formulação original. A retórica de alteridade chamada de orientalismo surgiu incontáveis vezes em discursos sobre os lugares pelos quais hoje nos referimos como Oriente (seja Próximo, Médio, ou Extremo), mas igualmente surgiu em outros lugares, mesmo que estes na verdade estivessem geograficamente mais ao Ocidente do que a Europa. Onde surge o discurso sobre o “outro” estabelecido nas lógicas observadas por Said, nascem simultaneamente um orientalismo, um oriente e um ocidente para lhe servir de contraste. É o que permite que Mendes e Queirós, por exemplo, afirmem que a Amazônia é o oriente brasileiro [MENDES; QUEIRÓS, 2014].

Desta maneira, o caso siberiano pode ser abordado sem suscitar discussão, afinal é um espaço onde – no mínimo no texto de Kennan – este discurso surgiu. Contudo, acredito que um aprofundamento a respeito da Sibéria como oriente construído seja      proveitoso. No processo da expansão da Rússia imperial em direção ao Pacífico, criou-se no imaginário russo uma visão geográfica do espaço siberiano que muito compartilhava com o discurso orientalista produzido por sujeitos imperiais da Europa Ocidental sobre o oriente [BASSIN, 2004].

Alguns aspectos da expansão russa, no entanto, como a contiguidade territorial do império e a distância da própria russa com relação ao ocidente europeu, traziam questões identitárias à sociedade russa que se faziam menos presentes em outros contextos coloniais. A saber, havia um grande debate a respeito do que seria, em essência, a Rússia, com dois pólos representados pela posição “ocidentalizante” e a chamada “eslavófila”. Os intelectuais ocidentalizantes, como o termo sugere, buscavam estabelecer a Rússia como parte do ocidente, enquanto os eslavófilos afirmavam que a Rússia era uma entidade cultural, social e política diferente do ocidente, que não devia forçar uma aproximação com aquele. A ocupação da Sibéria teve grande importância para os eslavófilos, que passaram a se perguntar o quanto a essência russa não estaria lá, e não nos centros imperiais como Moscou e São Petersburgo. Surge assim uma dúvida identitária no Império Russo que esteve ausente do discurso dos impérios do ocidente europeu: seriam eles mesmos oriente? [BASSIN, 1991]

O rio Amur, no território explorado por companheiros de equipe de Kennan, vinha há pouco mais de duas décadas tendo um papel central na discussão sobre a “orientalidade russa”. Via-se no Amur um “Mississipi siberiano” e a possibilidade de grande desenvolvimento econômico como o ocorrido nos Estados Unidos, o que deveria ser acompanhado pelo desenvolvimento de um novo centro siberiano para o Império e um reconhecimento da posição e da identidade russas como império asiático [BASSIN, 2004]. Com o abandono deste projeto para a Rússia, a Sibéria permanece como território colonizado pelo centro do Império, como o outro, o oriente russo.

Esta percepção da Sibéria como oriente russo aparece nas maneiras pelas quais Kennan reproduz lógicas orientalistas, especialmente com relação à figura do Major Sergei Abasa, oficial russo companheiro de equipe do autor. Ao longo da narrativa, o “Major” (como Kennan em geral se refere) continuamente trata as populações siberianas, de origem russa ou nativas da região, como súditos coloniais, dando ordens, ameaçando guias e condutores de trenós de cães, se referindo a eles como bárbaros e selvagens. “O Major declarou que quando nossa linha estivesse em processo de construção e ele tivesse força o bastante para fazê-lo, ele ensinaria aos coriacos de Kamenoi uma lição que tão cedo eles não esqueceriam” [KENNAN, 1870, p. 231, tradução minha], o autor narra, ilustrando as relações citadas.

O próprio Kennan também se refere às populações siberianas encontradas como selvagens e bárbaros, assim como os caracteriza como feios e estúpidos com frequência. Com o intuito de classificar as pessoas quanto a características biológicas, ele divide as populações nativas em três categorias: os do tipo indígena-americano, os do tipo chinês, e os do tipo turco. Na segunda edição do seu livro, de 1910, Kennan trocou “chinês” por “mongol” no caso desta classificação [KENNAN, 1910, cap. XXIX]. Não cabe entrar no mérito da precisão filogenética do olhar do autor, mas a maneira como ele opta por classificar estes grupos é reveladora das especificidades do discurso orientalista de Kennan, que encontra e comenta estas raízes.

Kennan também reproduz bastante este discurso de alteridade ao se comparar com os nativos. Em um trecho de sua narrativa, ele descreve como teria tentado provar que conseguia conduzir os trenós de cães melhor que os nativos, e justifica esta sua crença da seguinte forma:

 

"eu estava determinado a demonstrar, mesmo para suas compreensões enegrecidas, que o conhecimento da civilização era universal em sua aplicação, e que o homem branco, apesar de sua desvantagem de cor, podia conduzir cães melhor por intuição do que eles podiam pela sabedoria agregada ao longo de séculos; que na verdade ele podia, se necessário, "evoluir os princípios de condução de cães a partir das profundezas de sua consciência moral."" [KENNAN, 1870, p. 235, tradução minha]

 

A tentativa do autor, previsivelmente, foi um completo fracasso, que ele não deixou de relatar, mas que não abalou sua fé em sua superioridade. A maneira como as populações tradicionais não compreendiam tecnologias e mistificariam com fósforos, bússolas e lunetas, ou a condescendência com a qual Kennan teria tentado ensiná-los astronomia, são outros exemplos deste discurso de superioridade ocidental que também representam esta retórica de alteridade.

Há ainda uma terceira forma assumida pelo orientalismo na narrativa de Kennan, atrelada ao seu aspecto “histórico e material”. Esta surge quando o autor narra certos tipos de relações de dominação com as populações locais siberianas, ou quando descreve os planos da companhia para o futuro destas populações, ou ainda quando prescreve o que julga ser o melhor curso de ação para a região, agora que o Cabo Atlântico havia sido completado. A importância da análise simultânea deste tipo de manifestação material do orientalismo àquelas anteriores, da alçada da cultura e da representação, é destacada por Assunção:

 

“Desta forma, a partir de uma perspectiva decolonial, se busca evitar os “desastres” tanto do reducionismo econômico quanto do reducionismo culturalista ao perceber que a cultura está sempre entrelaçada e não derivada, dos processos econômicos e políticos. Ao se tratar do colonialismo, este entrelaçamento é significativo quando se analisa a maneira como os discursos raciais organizam a população do mundo em uma divisão internacional do trabalho que tem implicações econômicas diretas.” [ASSUNÇÃO, 2020, p. 141]

 

Kennan era um agente diretamente envolvido nesta divisão internacional do trabalho. Seus investimentos pessoais na companhia do Telégrafo Russo-Americano [TRAVIS, 1990] significavam que ele tinha interesse econômico direto na conclusão da linha telegráfica e no emprego de mão-de-obra nativa. Desta forma, o próprio Tent Life in Siberia torna-se espaço para o autor divulgar suas ideias de como aproveitar o trabalho já feito e dar seguimento ao projeto, em passagens prescritivas sobre a região.

Nestas, Kennan fala sobre o quanto (e por quanto) as populações siberianas poderiam ser convencidas a trabalhar em um regime de contratação mais inserido nas lógicas do capitalismo internacional do que nas lógicas de trabalho praticadas por estes grupos populacionais, o quão pouco elas atrapalhariam a linha, e o que precisaria ser trazido dos Estados Unidos. E tudo isto baseando-se nas suas experiências pessoais contratando estas pessoas ao longo dos dois anos em que lá esteve atuando em prol da empresa. “Vendendo seu peixe”, Kennan comenta inclusive que acredita que a região percorrida seja a rota mais prática para uma conexão telegráfica com a China do que a proposta que estava então sendo cogitada – passando pelo Japão. [KENNAN, 1870, cap. XXXV] Do ponto de vista material, o nordeste siberiano despontava para Kennan como uma zona que podia articular conexões com o “Extremo Oriente”, se não fazia parte deste.

 

Considerações Finais

Apesar das constatações tecidas a partir dos estudos de Bassin citados, acredito que a Sibéria frequentemente não é pensada como uma região parte de um “oriente”. O caso de Tent Life in Siberia e de George Kennan demonstra que o nordeste siberiano foi enxergado como oriente, sujeito a retóricas de alteridade como aquelas que se aplicaram em diversos outros contextos que reconhecemos pelo termo. Espera-se que outros estudos no futuro sigam se perguntando o quanto o orientalismo afetou as populações e o cenário siberianos, bem como as representações destes, em diferentes contextos e mídias.

 

Referências

Nykollas Gabryel Oroczko Nunes é doutorando no programa de pós-graduação em história da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e bolsista do CNPq.

 

ASSUNÇÃO, Naiara M. R. G. “Orientalismo”: o conceito de Edward Said e suas críticas. In: BUENO, André (org.) Estudos em História Asiática e Orientalismo no Brasil. 1a Ed. Rio de Janeiro: Sobre Ontens/UERJ, 2020, 219 pp. Disponível em: http://revistasobreontens.blogspot.com/p/livros.html. Acesso em: 17 set. 2021.

BASSIN, Mark. “Russia between Europe and Asia: The Ideological Construction of Geographical Space.” Slavic Review, v. 50, n. 1, 1991, pp. 1–17. Disponível em: www.jstor.org/stable/2500595. Acesso em: 17 set. 2021.

BASSIN, Mark. Imperial Visions: Nationalist Imagination and Geographical Expansion in the Russian Far East, 1840–1865. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

KENNAN, George. Tent Life in Siberia: or adventures among the koraks and other tribes of Northern Siberia. New York, Putnam and Sons, 1870.

KENNAN, George. Tent Life in Siberia: A New Account of an Old Undertaking. New York: G. P. Putnam’s Sons, 1910.

MENDES, F. M. M; QUEIRÓS, F. A. T.. Do inferno ao paraíso: narrativas sobre a Amazônia brasileira. Revista Igarapé, v. 3, n. 2 (2014). Disponível em: https://periodicos.unir.br/index.php/igarape/article/view/849. Acesso em: 17 set. 2021.

OROCZKO NUNES, Nykollas Gabryel. George Kennan e a escrita do distante em Tent Life in Siberia (1870). Dissertação (Mestrado em História) – Escola de Humanidades, PUCRS. Porto Alegre, p. 179, 2020. Disponível em:  http://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/9144. Acesso em 17 set. 2021.

SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia de Bolso, 2013.

TRAVIS, Frederick F. George Kennan and the American-Russian relationship, 1865-1924. Athens: Ohio University Press, 1990.

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